quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

ELEIÇÃO DE 2014 – ELEITOR QUER MUDAR



A MUDANÇA ESTÁ CHEGANDO
ELEIÇÃO DE 2014 – ELEITOR QUER MUDAR

A mudança está chegando. Eduardo Campos ou Aécio Neves, qual dos dois será o próximo presidente da república?

Joaquim Barbosa...
Que mudanças são o desejo de dois em cada três eleitores, o Ibope já mostrou. O significado desse desejo, porém, permanece incerto. Quem descobrir ganha o jogo.
"Mais do mesmo", o mote que elegeu Dilma Rousseff em 2010, é pouco para 2014. Há quatro anos, dois terços dos brasileiros queriam manter mais coisas do que mudar no governo. A proporção inverteu-se.
O cenário de mudança é necessário à oposição, mas insuficiente. O manual de autoajuda eleitoral mostra que há dois tipos de pleitos: os de mudança e os de continuidade. O primeiro é o sonho de quem está fora do poder e quer entrar. Já o "deixa estar para ver como é que fica" é a base das reeleições. Nem toda eleição "mudancista" resulta em vitória da oposição, porém. Vide a recapitulação dos sete reinados eleitorais do Brasil.
1989: com hiperinflação à toda, a primeira eleição presidencial pós-ditadura foi tão mudancista que os seis primeiros colocados eram de oposição. Dono do maior tempo de propaganda, o governista Ulysses Guimarães (PMDB) não alcançou 7% dos votos.
1994: o trauma de Fernando Collor seguido pelo topete de Itamar Franco apontavam para uma eleição de mudança. Aí veio a URV, o controle da inflação e a fulminante eleição do "pai" do real, Fernando Henrique Cardoso. Em time que está ganhando não se mexe, disse o eleitor.
1998: com crise econômica internacional e ilusão de riqueza por um real mais caro que o dólar, o cenário era ambivalente. O eleitor flertava com a mudança, mas temia perder a estabilidade que conquistara. E concluiu: em time que está empatando não se mexe. FHC manteve a coroa, mas logo perderia a popularidade.
2006: o eleitor pôs o crédito no bolso e o mensalão na geladeira nova. O País se dividiu em diagonal. Os emergentes do Norte-Nordeste foram mais determinados que os indignados do Sul-Sudeste. Lula ficou e começou a se transformar em mito.
2010: com a popularização do consumo, Lula elegeu Dilma como símbolo da continuidade. Nenhuma mudança, quase uma prorrogação. Bastou dizer que Dilma 1 seria igual a Lula 3.
2014: menos eleitores acham que haverá um Lula 4. Mais gente quer mudar, mas o quê? O governo? A oposição? Talvez ambos.
Eleitores que não sabem em quem votar sem ver uma lista são os mesmos 40%. O que mudou? Há três vezes mais gente dizendo que vai votar em branco ou anular: a taxa foi de 4% para 13% em um ano. De onde vieram?
Dos 19% que declaravam voto em Lula um ano atrás só sobraram 8%. A intenção de voto espontânea somada em Dilma e Lula caiu 14 pontos de novembro a novembro. Mas só 1 em cada 3 desses votos virou oposição. A desilusão dos outros dois é irrestrita.
A mudança está vindo, mas só vai ajudar quem souber encontrá-la.
Fatores negativos em 2014
A inflação afetará profundamente os que vivem do Bolsa Família, a inadiplência,  desemprego dos jovens.


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