sexta-feira, 14 de agosto de 2009

AS VEREDAS DA VIDA

AS VEREDAS DA VIDA
(*) Theodiano Bastos
Dizem os gregos que "O DESTINO CONDUZ AQUELE QUE O CONSENTE E ARRASTA O QUE LHE RESISTE"

NANUQUE As luzes de Nanuque surgem lá embaixo na noite de 17/04/09, ao iniciar a íngreme descida a partir do aeroporto. Minha esposas e eu vínhamos de Vitória de ônibus, para nos desfazer do último imóvel que ainda tínhamos na cidade. Lá estava Nanuque, cortada pelo lindo rio Mucuri, cheia de ilhas de densa vegetação e muitas pedras, as três pontes sobre o Rio Mucuri, o bairro da Vila Nova de uma lado e do Stela Matutina do outro. Aflora na minha mente o livro “O Profeta” de Kalil Gibran, editora Nova Alexandria, tradução de Eduardo Pereira e Ferreira, posfácio e biografia de Safa Alferd Cahla Jubran: “Mustafa, o escolhido e muito amado, que era a alvorada de seu próprio dia, já esperqava há doze anos na cidade de Orphalese pelo navio que havia de retornar e leva-lo de volta à ilha em que nascera. E, no décimo-segundo ano, no sétimo dia de ailul, o mês da colheita, ele subiu a colina fora dos muros da cidade e olhou para o mar; e divisou seu navio chegando como a bruma. Então escancaram-se as portas de seu coração, e sua alegria voou longo sobre o mar. E fechou os olhos, orando no silêncio de sua alma. Ms, ao descer a colina, foi tomado de tristeza, e meditou em seu coração: “Como poderei ir em paz e sem pesar? Não, não deixarei esta cidade sem uma chaga no espírito. Longo foram os dias de dor que passei dentro de suas muralhas, e longas foram as noites de solitude; e quem pode se separar da própria dor e solidão sem desgosto? Muitas foram as centelhas do espírito que espalhei por essas ruas, e muitos os filhos de meu desejo que caminham nus pelos morros. Não posso me apartar deles sem pesar e dor. Não é uma simples roupa que lanço fora hoje, mas a própria pele que rasgo com as mãos. Nem é um pensamento que deixo para trás, mas um coração enternecido pelo fome e pela sede. E no entanto não posso me demorar mais. O mar que chama todas as coisas, agora também me chama, e devo embarcar. Pois ficar, enquanto as horas queimam noite adentro, é congelar-me e cristalizar-me preso numa forma. Com deleite levaria comigo tudo o que tenho aqui. Mas como poderia fazê-lo? A voz não pode carregar a língua e os lábios que lhe deram asas”...Nanuque está situada no Vale do Mucuri, nordeste mineiro, incluindo as vilas Pereira e Gabriel Passos, o município tem 41.383 habitantes e uma renda per capita de R$ 5.540,00 (IBGE 2005). A cidade é Cidade muito quente e na fronteira com a Bahia e Espírito Santo. Em Nanuque nasceu meu filho caçula Ivan Bráulio, onde recuperei a saúde, prosperei, criei eduquei e encaminhei na vida todos os meus quatro filhos. Grandes aventuras participei, como a descida do Rio Mucuri a partir da cachoeira do Tombo até Mucuri na Bahia. Éramos seis amigos em dois barcos de duralumínio de 4m cada, o SempreViv a e o Aniná. Dois dias de viagem. Dormiu-se embaixo da ponte sobre o rio Mucuri na BR-101. De outra feira, descemos o Rio Peruípe até Nova Viçosa, também com as duas embarcações e no percurso encontramos o maior barco de madeira construído no Brasil abandonado, que perseguido, subiu o rio foi abandonado com grande carga de café que seria levado de contrabando para as Guianas. Os passeios de barco à remo na Reta, as festas no Pedra Negra e Nanuque Social Clube e os amigos que deixei. Lá fui Presidente da ACIAPEN — Associação Industrial e Comercial de Nanuque-MG, quando promoveu três FEIRECs — Feira Regional de Ciências e Artes. Ainda em Nanuque presidiu a ASCOVAN — Associação. do Comércio Varejista e a PROMIDE — Promotora Intermunicipal de Desenvolvimento, Presidente da Comissão Executiva de dois Seminários Regionais para o

Desenvolvimento dos municípios do Nordeste de Minas, extremo Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo, onde também presidiu o diretório do PMDB, mas nunca disputou cargos eletivos, por não dispor de recursos próprios para custear uma campanha eleitora e “não vender a alma ao diabo, aceitando patrocínios de oligarquias ou grupos econômicos”. Mas esteve em palanque na campanha de Tancredo Neves e até com Lula. “Veja bem quem é seu amigo. Se você o julga sendo e ele não o é, poderá ser o seu pior inimigo”, Em Nanuque descobri o quanto isso é verdade... e a caminhada levou-me para VITÓRIA: Autor dos livros “A Procura do Destino” e “O Triunfo das Idéias), coordenador e introdutor das antologias: “Resgate da Família: alternativa para enfrentar sua dissolução, a violência e as drogas”, “Corrupção, Impunidade e Violência: O que fazer?”, “Globalização é Neocolonialismo? Põe a Ciência e a Tecnologia a Serviço do Social e da Vida” e “Um Novo Mundo é Possível? Para Aonde Vamos”. Como colaborador, escreve artigos para A GAZETA e A TRIBUNA de Vitória. SALVADOR: Foi diretor de semanário em Salvador, onde publicou artigos em A TARDE, como também em jornais de Feira de Santana e Nanuque-MG. Participo ininterruptamente, desde 1959, quando foi diretor do CEPA – Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, em movimentos associativos e tem curso de Liderança e Relações Trabalhistas pela USAID dos EUA. Idealizador e Presidente do Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, CEPA – ES, ONG que atua há oito anos em parceria com a UFES – Universidade Federal do Esp. Santo, através do NE@AD Núcleo de Educação Aberta e a Distância, com o Projeto Caça-Talentos que objetiva identificar, acompanhar e apoiar crianças e adolescentes com altas habilidades/superdotados no Estado do Espírito Santo. Promoveu, em parceria com a UFES, quatro concursos literários para estudantes do ensino médio e duas Jornadas Estaduais Culturais e Científicas para estudantes do ensino médio e universitários e quatro Concursso Jovem Cientista Capixaba. Membro do FÓRUM REAGE ESP. SANTO Contra a Impunidade e a Violência, que congrega mais de 200 entidades da sociedade civil organizada, criada pela OAB-ES.
Em 2002 recebi da Câmara Municipal de Vitória o Título de Cidadão Vitoriense, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao Município. Em 1975 recebeu em Belo Horizonte, da Federação das Associações Comerciais de Minas Gerais, o título de Empresário de Destaque, em reconhecimento ao seu expressivo desempenho nas atividades empresariais, classistas e comunitária de Nanuque. Foi diretor do então Sindicato dos Bancários e Securitários do Estado da Bahia, em Salvador, do Centro das Indústrias de Feira de Santana, do Sindinformática, sindicato patronal do Sistema FINDES em Vitória. FEIRA DE SANTANA: Realizou a FEIRAM — Feira Regional de Amostra, por cujo êxito foi eleito entre os “Notáveis do Ano”, pela imprensa local e pelo Diário de Notícias de Salvador. Idealizados e fundador do Centro das Indústrias de Feira de Santana. Em Feira conheceu o fracasso empresarial e carregou a cruz da perda de tudo que tinha, inclusive a saúde. com o fracasso com um projeto industrial. Mas nenhuma cruz é tão pesado quando se consegue caregar. QUANDO SE CAI, APRENDE-SE A LEVANTAR.

(*) Este texto está na internet, no blog: theodiano.blog.terra.com.br Theodiano Bastos é escritor, autor dos livros: O Triunfo das Idéias, A Procura do Destino e coletâneas publicadas pela UFES/CEPA e é fundador e presidente do CEPA – Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, em Vitória – ES www.proex.ufes.br/cepa

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